Todos sabemos que existem milhares de serviços online, desde lojas de roupa mass market aos pequenos blogs que vendem doces caseiros, e, para qualquer um, independentemente da sua dimensão, vender os seus produtos online consegue ser um desafio: o consumo online está a evoluir.
O consumidor, quer ele esteja online ou offline, mudou, é super informado e exigente, o poder já não está totalmente na mão das marcas e grandes empresas, o consumidor é o foco, é quem tem todos os cordelinhos para puxar. Assim, todos os esforços de vendas e comunicação estão cada vez mais virados para os clientes, e mesmo assim, estes estão fartos de ouvir “Comprem-me que sou o melhor!” ou “Comprem-me porque sou o mais barato!” porque na realidade, não o costumam ser, e ele sabe… Lembre-se, super informado. Desta forma, surge um problema: como falar com as pessoas para que elas comprem mais? E ainda outro! Como falar de forma a não aborrecer e irritá-las? É de esclarecer que as vendas de um produto estão diretamente ligados como a maneira que o comunicamos. Então vamos lá ao que interessa!
1. Uma comunicação direcionada
De nada vale criar uma loja online e esperar que magicamente apareça clientes! É necessário comunicar que há uma um site onde se consegue comprar este produto/serviço. E onde se pode publicitar? Onde vamos encontrar os nossos clientes? Depende muito do budget que há para publicidade, pode ser em redes sociais ($), em páginas de pesquisa ($$), outros sites, ou mesmo no grande player, na TV ($$$).Por exemplo: Um planeador de casamentos criou o seu site para dar a conhecer os seus serviços, fazer orçamentos, mostrar o seu portfólio e uma plataforma de reservas. Escolheu publicitar no Facebook, criou uma página, publica conteúdo relacionado e promove o seu site com alcance pago (que é uma excelente ferramenta de publicidade). Agora, nada serve estar a gastar dinheiro a falar para ouvidos surdos, certo? Neste caso, ouvidos surdos são aqueles que não se vão casar. Assim, o senhor planeador de casamentos definiu o seu público alvo como achou que são os seus clientes: Mulheres que se vão casar, com interesse em casamento. Desta forma, comunica-se diretamente com os potenciais clientes, investindo dinheiro para comunicar apenas o que precisa ser dito, apenas para aqueles que querem ouvir. Um público alvo bem segmentado é a base de uma boa estratégia.
2. Um website simples, apelativo e fácil de navegar
De certeza que já vos aconteceu, entrar um site que era tão confuso que fecharam logo a tab e procuraram outro site. É um grande fator no comportamento do consumidor quando há um leque de escolha enorme: não percebo, não gosto, há outro que perceba e que goste. Assim, um design e layout intuitivo e clean irá fazer com que os potenciais clientes fiquem mais tempo na sua página, aumentando a possibilidade de compra e do seu retorno, se, no entanto, a experiência de compra for agradável, o que nos leva ao ponto seguinte:
3. Serviço ao cliente: antes, durante e pós compra
Ninguém gosta de receber um mau atendimento, é logo uma razão para riscar a marca da lista. O que acontece é que o incidente não fica por ali, na maioria dos casos o consumidor vai partilhar a sua experiência com os amigos, família, estranhos até, e muitas vezes recorre às redes sociais. Isto irá fazer com que a imagem da sua marca seja manchada na mente de várias pessoas por uma má experiência de um indivíduo. Desta forma o acompanhamento do consumidor em todas as etapas é crucial: antes da compra garantir que a sua marca é a melhor, com testemunhos positivos e experiências de outros clientes, mais depressa uma pessoa acredita em alguém sem qualquer ligação à marca e sem intenções dúbias, certo? Ou então mesmo oferecer um pequeno desconto ou cupão na sua primeira compra. Durante a compra é aconselhável ter alguma plataforma para esclarecer dúvidas, como exemplo um chat online, onde se pode obter mais informações sobre o produto, para não falar de um atendimento mais pessoal - que é uma das caraterísticas que os consumidores estão a exigir cada vez mais. O pós compra é o mais trapaceiro, muitas pessoas não gostam de ser chateadas. Sabem quando trocam de operadora de telemóvel ou TV e estão sempre a telefonar a perguntar o que acharam do serviço? São estes tipos de coisa que irritam profundamente os consumidores. Assim, temos que fazer algo menos implicativo para o seu quotidiano, como por exemplo, mandar um mail, que é o mais comum: agradecer a compra, mostrar artigos que mais lhe podem interessar, ou mesmo, outra vez, oferecer um pequeno desconto para a próxima compra. Descontos realmente são um íman de clientes.
4. Descontos - Dar para receber
O que mais chama atenção da maioria dos consumidores é, sem dúvida, descontos, saldos e promoções. É uma ótima maneira de atrair potenciais clientes, se, mais uma vez, a publicidade for bem direcionada. Por consequente, vão ver qual o artigo que se encontra com algum tipo de promoção e continuam a vaguear o website a ver o que mais se oferece, o que irá levar à compra de mais alguma coisinha juntamente com o produto promovido. É a impulsividade e curiosidade das pessoas que muitas vezes leva à compra de produtos extras.
5. Informação, informação, informação!
É aconselhável que na descrição do produto/serviço que está a vender tenha o máximo de informação possível sobre o mesmo. Isto faz com que o consumidor não tenha que fazer pesquisas adicionais noutro lado, o que implica um maior esforço (o nosso trabalho é diminuir a implicação que a compra tem para o cliente). Mais ainda, ao incluir bastante informação, está a dar a entender que percebe realmente do assunto, que é uma fonte confiável. Quanto melhor a perceção do cliente tem de si/da sua marca, menor será a implicação da compra, porque pode confiar no vendedor.
Por hoje está terminada a lição, não se falou de tudo, nem de estratégicas matematicamente articuladas, mas são estas as bases de um bom plano de vendas. É um processo delicado , querer vender o máximo possível sem saturar os clientes, para não falar da carga de trabalho. Se não quiser mergulhar neste mundo e ficar só com o nariz de fora, sempre pode recorrer a terceiros, agências de marketing digital ou de publicidade, que fazem o trabalho duro todo por si.
Daqui, lembre-se: o cliente é o centro de todo o mercado, estraga-se a relação marca-cliente, mais vale declarar falência.